sábado, 3 de março de 2012

Vem

A simples lembrança dos teus dedos 
na minha nuca me arrepiam
Teu cheiro me habita a alma 
e meu peito, arfante, te recebe. 
Me abraça, vem dormir comigo
Me ajuda a apagar do peito aquela dor do querer.
A noite se instala em mim. 
Lá fora, apenas o silêncio da noite do teu olhar. 
Vem. Ocupa com teu corpo esse abrigo que te chama.
Volta a ser minha morada, teu abrigo.
Faz de mim tua caverna, teu porto seguro.
Faz do meu corpo teu ninho. 

Atordoada pelas saudades crescentes,
meu corpo todo se ouriça à tua procura.

((Léa Waider))

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