segunda-feira, 9 de maio de 2011

A Roupa nova da Rainha

Venha nua, que eu te visto de beijos.
Só vou ouvir seu "não" se anteceder um "pare".
De resto, quero gemidos, quero sussurros.
Ao apertar tua cintura à altura dos desejos,
Não vou impedir que o coração dispare
Nem um corpo sincopado na medida dos impulsos.

Venha nua, com a mão no bolso.
Seja a sua ou o meu
Seja a sua mão ou o meu bolso.
Venha nua, ou irei eu.

Venha nua, ou te rasgo a roupa.
Beijo-te as costas e as coxas.
Mordo-te as nádegas e a boca
Cheiro cabelos e nuca,
Beijo-te o ombro e o pescoço
Mãos, barriga, virilha e vulva.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Fêmea





Sempre foi reservada de mais.
Eu, por outro lado, tenho dez dedos (e adicionais).

Quero abrir a porta do meu quarto 

e te ver nua!

Sem receios, sem vergonha
Sem querer voltar atrás.

Que sejas só ousadia, 

que largue junto com as roupas, o medo
Que seja só por um dia, 

sem culpa, só tua fome de desejo

...e, quando eu fechar a porta,
sabe que há algo mais.

Me devore, me leve as forças
Me faça caça, e tua.

Que sejas só mulher, 

vontade, ainda que efêmera
Que sejas tudo o que és: 

no cerne, na carne, fêmea.



Escrito por Renato Menezes
"Ontem percebi que
 a minha pele fala,
E ela gritou:
Maluca! Vê se se desliga, 
se não a gente frita!!"

Isabella Taviani